REQUIEM PARA O CIRCO - Made in PB
ROZEMBLITZ - SCDP 108 PB
Folk - Psych - 1976
Faixas:
Lado A
01 - Monólogo do Palhaço (Zé Ramalho da Paraíba/W. Solha)
Lado B
02 - Anjo Branco
"Vagando o espaço entre as estrelas, um vulto branco emergindo sobre mim
Traz um coraçao na mao esquerda, nos olhos o colorido de um jardim...."
Anjo Branco - composição de Gilberto Nascimento e do parceiro Dida Fialho.
"Réquiem para o circo - Made in PB", lançado em 1976 e que tem a participação de Zé Ramalho, declamando o "Monólogo do Palhaço" um texto de W. Solha, com direção e produção de Eduardo Stuckert.
A direção artística, projeto gráfico do disco, capa/poster e selo do disco ficou a cargo do artista plástico Sandoval Fagundes.
O compacto é em formato de poster sua capa abre em quatro partes, possui
um livreto com 24 paginas! em duas delas pela primeira vez Zé Ramalho
falou sobre os segredos do Ingá, e seu albúm Paêbirú produzido com Lula
Côrtes.
O Circo viveu por dois anos durante esta tempo fez o possível para ser
fiel à ideía que lhe deu origem. Debaixo do toldo que por algum tempo
coloriu uma de nossas avenidas muitas coisas aconteceram.
Houve representações de Teatro; houve concertos de música popular e
também Erudita. Houve cantorias a viola, exibições de capoeira e de
Bumba meu Boi; nele foram ouvidos os cantos de xangô e de Jurema.
O
folclore fazia contraparte com as expressões refinadas da cultura, para
que todos os gostos fossem servidos, conferencias, debates, exposicões
de arte, havia também bailarinas semi-nuas que rebolavam ao ritmo quente
das batucadas.
Forrós pelo São João e
festas de Natal à luz de velas; carnavais. Beethoven confraterniza com
Paulinho da Viola e Luiz Gonzaga fazia duetos com Brahms.
Por dois anos o Circo tentou fazer cultura viva, a cultura alegre e sensual que dá encanto à vida.
Porque o Circo morreu?
Quem sabe dos seus escombros pode surgir uma nova casa de cultura, não a
cultura de gravata, mas a cultura amena que faz alegria de viver...
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