O lançamento de ‘Beatles 69′



Marcelo Fróes recebeu Kleiton, Kledir, Fagner, Zé Ramalho, Carlos Trilha, Fuzzcas, Filhos da Judith etc no lançamento de ‘Beatles 69′, projeto que produziu pelo seu selo, o Discobertas. Veja duas imagens da noite desta segunda-feira (28/09), na Livraria da Travessa do Shopping Leblon:
quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Nordeste: Cordel, Repente, Canção 1975

Coletânea de repentes com vários poetas populares lançada pela Tapecar, considerado um ítem raro entre colecionadores.
“É difícil resumir em poucas laudas o que foi ouvido e vivido no nordeste, durante a preparação deste disco - um tempo enorme de emoções e trabalho. De quinze horas de gravação, selecionamos 40 minutos de música do povo.
Este Lp traz para o nosso mundo urbano, vasto mundo do povo sertanejo os versos de zé limeira(poeta do absurdo) revividos na voz de zé ramalho, a aboliçãoda escravatura recontada em improviso de josé pedro pontual, a "canonização" do lendário padre cícero, a chegada de lampião ao céu, toadas de vaquejada.
O trabalho aqui apresentado foi a primeira etapa de um trabalho de pesquisa que se completará com o filme sobre "literatura de cordel". Achar e entender o simples foi difícil. Mais complicado ainda foi dominar os impulsos de enfeitá-lo. A tentativa foi feita e o resultado está aí.”
(Tânia Quaresma, diretora do filme Nordeste : cordel, repente e canção, 1975)

Lista das Músicas: 
01 - o verdadeiro romance de joão calais (romance). Editor proprietário joão josé da silva com o cego oliveira
02 - embolada (com cajú e castanha com 12 e 7 anos, respectivamente)
03 - martelo agalopado (improviso) com diniz vitorino e Silveira
04 - martelo alagoano, de zé limeira, com zé ramalho e lula côrtez
05 - canção do lenço, de severino pelado com "olho de gato"
06 - nas portas dos cabarés, de antônio lídio faustino com o cego oliveira
07 - gemedeira (gênero de repente de viola) de santinha e misael
08 - princesa isabel, improviso de josé pedro pontual
09 - canonização do padre cícero. (folheto de pedro bandeira), pelo autor
10 - grande debate de lampião com são pedro(folheto de josé pacheco) com manoel josé
11 - gado bom quem tem sou eu (toada de vaquejada) de otacílio batista, pelo autor
12 - um adeus por despedida (canção) de joão batista da silva, com "olho de gato"



fonte: http://www.lagrimapsicodelica.blogspot.com

Disco Raro produzido por Zé Ramalho


Esta semana iremos resgatar um vinil histórico. O disco do cantador OLIVEIRA DE PANELAS, produzido por Zé Ramalho, na antiga CBS. Além deste trabalho de Oliveira, Zé Ramalho produziu também um disco do poeta OTACÍLIO BATISTA. O curioso é que não se trata de um disco de dupla de cantadores e sim um trabalho individual. Destaque para "Estará nosso globo desse jeito / do terceiro milênio para frente.
Vejam um texto retirado do encarte do disco, escrito pelo produtor:

"Gravar o disco individual de OLIVEIRA DE PANELAS, mais do que um Projeto Especial, constituiu-se num autêntico compromisso com a história da música brasileira. Daquela música tão especial do Nordeste, feita pelos violeiros, os versos agrupados em modalidades tão específicas, formando sextilhas, martelos agalopados, galopes à beira mar, martelos alagoanos, e por aí vai.

E o que parece tão simples à primeira vista resulta complicado para quem não domina esse saber tão próprio. OLIVEIRA FRANCISCO DE MELO, que adotou o sobrenome artístico de PANELAS, porque assim se chama a cidade onde nasceu em 1946 [Pernambuco], é um desses violeiros e domina o versejar do cantador como ninguém.

Em O PERGUNTADOR, um fato inédito: é um disco de um violeiro e não de uma dupla. Além disso ele gravou também alguns trechos das poesias publicada em seus dois livros ["O Comandante do Planeta Médio_1977", e "Poesia Liberdade"_1979].
Um dos violeiros mais atuantes do país, OLIVEIRA DE PANELAS já conquistou 10 vezes o primeiro lugar em concursos de violeiros, participou da Caravana Viagem ao Brasil,que foi de Olinda até o Planalto Central, colaborou com as trilhas sonoras de dois filmes nacionais ["Os Últimos Dez Dias de Lampião" e "Deus Deu a Terra e o Diabo Cercou"], já cantou para inúmeras autoridades e intelectuais brasileiros, organizou o I Congresso Nacional de Poetas Populares [João Pessoa, dezembro de 1980], entre muitas outras coisas.

Seu disco está cheio de indagações, pensamentos e denúncias relacionados com o nosso tempo e com a posição do homem dentro do universo. Como todo artista, OLIVEIRA DE PANELAS é também um historiador da nossa época e o disco O PERGUNTADOR cumpre assim seu compromisso com a História. "

Zé Ramalho – Rio, 1981.

Faixas:
01_esses discos voadores me preocupam demais_3:44
02_o conflito das nações_4:54
03_planeta sem divisões_3:24
04_quando os povos se unirem como irmãos_4:21
05_ninguém pode abalar_4:21
06_a interrrogação_4:39
07_na varanda do reino da justiça_3:11
08_muita coisa no mundo está mal feita_3:38
09_quem sou eu no universo_5:48
10_do terceiro milênio para frente_3:34
* Todas composições de sua autoria.

Oliveira de Panelas, Amelinha e Zé Ramalho

Fonte: Acorda Cordel

Livro faz uma viagem completa pela vida e obra de Zé Ramalho

A proposta de um fã de Zé Ramalho que reside em São Carlos, interior de São Paulo e o apoio de um editor independente de João Pessoa resultaram na biografia “Zé Ramalho: o Profeta do Terceiro Milênio”, que está sendo lançada agora pela Editora Marca de Fantasia, do jornalista e professor da UFPB Henrique Magalhães. O autor, Isaac Soares de Souza, emprega sua passionalidade para acrescentar luz e poesia à história de vida do paraibano de Brejo do Cruz que conquistou o Brasil com sua voz inconfundível.

Isaac vê Zé Ramalho como “um Cão Cérbero vigiando os portais do érebo (escuridão) em que se transformou a Música Popular Brasileira, o único à altura do gênio e filósofo Raul Seixas e de Bob Dylan”. Para o autor, sem nomes como o de Zé Ramalho, a música brasileira estaria a mercê do que ele chama de uma casta de sertanejos, pagodeiros e rappers que constituem “um acinte à inteligência humana”.

O escritor avalia a música de Zé Ramalho como genial e apocalíptica, uma verdadeira miscigenação de ritmos e brasilidade, evocando os espíritos dylianos, gonzagueanos e raulseixistas – em suas palavras.

Mais do que um levantamento puramente biográfico, Isaac permeia sua obra com opiniões pessoais, adjetivos e epítetos curiosos para seu ídolo como “Profeta do Terceiro Milênio” e “Apolo da Caatinga".

O livro aborda dramas pessoais do artista como ainda menino ter visto o pai morrer afogado num açude e como a figura dele foi substituída pelo avô, homenageado em “Avôhai”, um de seus primeiros sucessos. O autor também fala dos três casamentos de Zé e de seus seis filhos, de como a separação de Amelinha o desequilibrou e como só reencontrou o equilíbrio com a sua atual mulher, a engenheira cearense Roberta Fontenelle.
A mulher Roberta Fontenelle Garcia, atual mulher de Zé Ramalho, é prima legítima de Amelinha, de quem o compositor se separou na década de 80. A mãe de Roberta e Belchior são primos.
“Paêbirú”
“Paêbirú”, disco raro hoje em dia, é um clássico do pós-tropicalismo e trazia, em seus quatro lados, uma dedicação aos elementos água, terra, fogo e ar. Foi gravado no Recife.
Autor também dá destaque à incursão de Zé na literatura
Isaac Soares de Souza destaca também a incursão de Zé Ramalho na literatura. O músico é autor dos folhetos de cordel “Apocalipse agalopado” e “A peleja de Zé do Caixão com o cantor Zé Ramalho” e do livro “Carne de pescoço”. A biografia traz um relato pessoal do autor sobre a dificuldade que teve para adquirir um exemplar de “Carne de pescoço”. “Lembro que quando tomei conhecimento da edição do livro em 1982 entrei em desespero literário. Vasculhei dezenas de livrarias e escrevi inúmeras cartas endereçadas a Zé Ramalho na esperança de conseguir um exemplar deste livro. Todo meu esforço foi em vão”, escreveu.
A frustração seria superada 14 anos depois, quando José Williams de Barros, presidente do Fã Clube Zé Ramalho em Brasília, intermediou o contato de Isaac com seu ídolo. Quando Isaac falou de sua intenção de escrever um livro sobre Zé Ramalho, o paraibano não somente o autorizou como o presenteou com exemplares de suas três publicações, dezenas de fotos, alguns discos autografados, camisetas e uma infinidade de material impresso. Zé também orientou o presidente do fã clube a enviar mais fotos, releases e todas as informações necessárias para subsidiar a pesquisa.
Jorge Mautner
Chama a atenção o destaque que o autor de “Zé Ramalho – O Profeta do Terceiro Milênio” dá ao escritor e compositor Jorge Mautner, amigo de Zé e peça influente em sua carreira. Mautner declarou que compôs “Orquídea negra”, música-título de um dos discos de Zé Ramalho, pensando no paraibano e explicou: “essa música é uma saudação à bandeira da loucura e da pirataria. Loucura que a razão oficial negava. É a rebeldia, a imaginação da quarta dimensão, sempre presente no trabalho de Zé Ramalho. Ele é o anjo do impossível”.

O livro de Isaac quebra a linearidade temporal ao reconstituir a história de vida de Zé Ramalho. Ele explica na obra aos críticos que pretendem o apedrejar que a desordem foi arquitetada intencionalmente. Segundo o autor, um artista como Zé Ramalho não poderia ser corretamente biografado sob o jugo de uma ordem cronológica. No entanto, coube ao editor da Marca de Fantasia, Henrique Magalhães, colocar um pouco de ordem no texto bruto para que fosse transformado em livro. “A editora funciona muito dentro da minha dinâmica. Quando eu pego um texto interessante vou trabalhando nele até que fique pronto para ser lançado”, explicou Henrique.

Texto: Breno Barros

O livro pode ser adquirido atravez da editora Marca de Fantasia
(
www.marcadefantasia.com)

Acervo Cultural Zé Ramalho




Caro Fã de Zé Ramalho


Tenho o prazer de comunica-lhe sobre a criação do Acervo Cultural Zé Ramalho.
Temos Camiseta com Zé Ramalho á venda! Há Também outros produtos á venda como: Livro, Cordel, Revista, DVD, CD “Raridades”, que garantem a preservação do acervo na cidade de Brejo do Cruz, terra onde nasceu Zé Ramalho.
Toda a renda destes produtos vendidos será destinada a preservação do Acervo Cultural Zé Ramalho, que o fotógrafo Aurílio Santos mantém na cidade de Brejo do Cruz, Paraíba onde nasceu o artista.

Para comprar é fácil!

Primeiro você precisa fazer o depósito nesta conta abaixo:
Bradesco
Agencia 1042-1
Conata poupança 7688-0

No valor do produto, já incluso despesas do frete.
Depois basta mandar um email para: acervozeramalho@gmail.com
Feito o deposito comunicar-se pelo e-mail o pagamento! Após a confirmação, em sete dias o produto estará nos Correio, à forma de envio é pelo PAC ou Registrado, para chegar a sua residência. Em qualquer lugar do Brasil!

Todos os produtos. (ORIGINAIS)

- Livro - “Zé Ramalho o profeta do terceiro Milênio” de Isaac Soares,
R$ 40,00 reais
- Livro – “Zé Ramalho o Ancestral da Palavra, Aurílio Santos o Olhar
Criador” de Manoel Monteiro, R$ 20,00 reais.
- Cordel - “A peleja de Severino Noé com Zé Ramalho na Terra de
Avôhai” de Manoel Monteiro, R$ 10,00 reais.
- Filme - “Zé Ramalho o herdeiro de Avôhai” de Elinaldo Rodrigues, R$
40,00 reais ( falta)
- Camiseta - “Zé Ramalho” cor preta, algodão 100% Tamanhos: P, M,G
R$ 40,00 reais
- CD – “Zé Ramalho revive Beatles”, produção do Acervo, R$ 20,00 reais
- DVD / Show – “Zé Ramalho na Terra de Avôhai, Brejo do Cruz, 2008 -
Produções de Otto Guerra – Rio de Janeiro, R$ 20,00 reais
- CD’S RARIDADES, “Mitos & Músicas” e “Geração Nordeste” estes custam
R$ 30,00 reais por ser raros
- REVISTA Correio das artes, (ENTREVISTA), R$ 20,00 reais
Após deposito confirme pelo e-mail: auriliosantoz@gmail.com
Ou pelo telefone 83 9624 7726
Envie seu endereço para receber os produtos adquiridos.
Visitem este blog

www.acervoculturalzeramalho.blogspot.com

Grato pelo apoio.

AURÍLIO SANTOS

Zé Ramalho em Nova Prata

Cartões personalizados com Zé Ramalho



Em 2002 a Telemar em parceria com a BMG, lançou uma série de cartões telefonicos com estampas do mais recente cd de Zé Ramalho naquela época "O Gosto da Criação".

Um encontro em cordel

Peleja de Zé Limeira com Zé Ramalho da Paraíba
 
Arievaldo Vianna - Fortaleza
Tupynanquim Editora


Esse cordel de Arievaldo é muito engraçado e interessante. Achei curioso quando recebi os originais, pela riqueza de imagens e habilidade nas modalidades de cantoria aqui apresentadas.

Zé Ramalho: o profeta do Terceiro Milênio



“José Ramalho Neto, ou simplesmente Zé Ramalho, nome pelo qual o menino nascido na mística cidadezinha de Brejo do Cruz, na Paraíba, é mais conhecido nacionalmente, onde passou a infância criado pelo avô (Avôhai), até os 12 anos de idade, tem muito a ver com sua música apocalíptica e genial, uma verdadeira miscigenação de ritmos e brasilidade, evocando os espíritos dylanianos, gonzagueanos e raulseixistas, além de uma forte mistura da Literatura de Cordel, dos violeiros nordestinos, do blues e do rock.”

Zé Ramalho: Canta, conta e declama uma músic

           São pouquíssimos cantores, que além de cantar, consegue contar uma história e dentro desta até declamar. Quando isso acontece o espectador é capaz de ficar “encantado” pelo espetáculo. Isso acontece muito nos shows de Zé Ramalho.
A voz postada de grande intensidade e o sotaque nordestino puxado, faz deste grande cantor, uma referencia talentosa da música popular brasileira. Seu jeito de contar cantando, ou vice-versa, jeito típico da região nordeste do país, nos remete aos repentistas em seus desafios maravilhosos de improvisação. Contar causos ou críticas ritmadas das populações locais ou não é uma característica nestas situações.
                              Vaqueiro nordestino com sua roupa típica 
O sentido figurativo das palavras destas melodias, são interpretadas de imediato por quem as ouvem. Ele consegue fazer as comparações ricas sem dar, como se diz popularmente, nome aos bois. Com este jeito criativo nas composições, cria assim a identidade brasileira do interior do sertão.
Para mostrar este estilo, que enriquece cada vez mais a nossa cultura, eu coloquei uma música, que é uma das “marcas registradas” de Zé Ramalho: Admirável Gado Novo. Crítica dura, em sentido figurado, do início ao fim.

Desenhos de Totonho


“Os desenhos do Totonho são traços limpos. Estão ligados à palavra, à poesia, ao pensamento poético que existe em todo artista romântico. O coração das formas bate seu surdo rio na sensível corredeira de Totonho. O homem que vestiu meus versos no livro Carne de Pescoço. Obrigado, companheiro, o umbigo ficará.” Zé Ramalho, cantor e compositor.

O Baião Apocalíptico



Por Onaldo Queiroga

Zé Ramalho é um filho do Baião, é um gonzagueano. Desde seus tenros anos passou a ouvir o som singular da sanfona do Exu, que associada a voz forte do filho de Januário, mostrava-lhe as injustiças sofridas por um povo, mas ao mesmo tempo, a fortaleza desse mesmo povo, em enfrentar secas, corruções, veredas retirantes, estradas de morte e de vidas. 



Acervo Cultural


Esse é um dos motivos para conhecer a Terra de Avôhai